Entristece-me ouvir dizer que “Portugal
já não é o que era”, vindo de mentes abaladas pela crise económica que continua
a abalar o País. A crise tem este poder, questionar os valores com os quais
sempre nos identificámos, e vemos serem esquecidos. Ser portuguesa é especial.
É sentir um arrepio ao ouvir o hino, sentir uma melancolia gigante quando
oiço histórias dos meus antepassados, que, ao contrário da geração do
presente, lutaram, com ânimo e garra, para construir a nossa identidade. Admiro
quem sai de Portugal, na esperança de melhores condições. Porque, por mais
condições que um País possa oferecer, nada substitui o que nos liga a uma
cultura. Acredito que uma parte da pessoa morre quando abandona o País em que
nasceu. As saudades vão sustentando as memórias, que cada vez vão sendo mais
longínquas. A distância vai apagando aquilo que nos marca. De forma consciente (ou não), ligamo-nos emocionalmente aos
caminhos que percorremos, aos cheiros, às pessoas, às tradições. E se não
tivesse nascido em Portugal, não seria a mesma pessoa. Diz-me em que sítio
nasceste, dir-te-ei quem és!
Joana Teixeira, nº49393
Nasci também em Portugal e orgulho-me de ser português. Apesar da política e da injustiça que cobre o nosso território, Portugal não deixou de ter as suas tradições e a sua beleza de um país independente que no futuro certamente voltará a ser grandioso como outrora fora.
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