Thursday, 11 December 2014

Minhas competências interculturais

Durante os poucos 3 meses de aulas teórico/práticas que tive em Comunicação Intercultural pude aprender alguns conceitos e acrescentar algumas experiências ao meu portfólio de vida. Partir de casos e mostrar algumas situações de relações interculturais foi extremamente importante para que enxergássemos as dificuldades que uma pessoa que não sabe a língua local e universal (inglês) tem ao se comunicar. Um exemplo foi de uma colega de classe da Turquia. Infelizmente ela não conseguiu continuar na cadeira por, provavelmente, não entender uma palavra do que era dito em classe. Tenho certeza de que não foi a única cadeira de que desistiu, pois essa ainda era dada em inglês. Com esse exemplo pudemos observar que, apesar de existir a comunicação não-verbal, quando trata-se de viver e estudar em um país diferente é impossível se comunicar apenas com gestos. Além de tudo, para a nossa colega fica muito mais difícil ter relações extra-classe, pois fazer amizades também demanda um mínimo de comunicação verbal.

A comunicação intercultural é uma ciência nova que busca entender e estudar as relações entre diferentes culturas ou entre homens e mulheres, por exemplo. Leva em consideração a mobilidade, o contexto multicultural, a globalização, a economia, a migração, os problemas socioculturais. Uma competência intercultural seria a interação com diferentes culturas, o intercâmbio, a reciprocidade, o respeito, a negociação, ter solidariedade com atitudes aos diversos tipos de sexos, idades, religiões, etc.

O exercício do Mapa Conceitual foi de extrema importância para entendermos que cada aluno, cada ser humano, pensa de acordo com sua bagagem cultural. Por exemplo, meu mapa conceitual foi sobre a família, nele eu descrevi uma família tradicional (pai, mãe, filhos), contudo durante a aula fui questionada sobre os outros tipos de família que existem hoje em dia (pai, pai, filhos ou mãe, mãe, sem filhos, entre muitos outros). Nosso pensamento inicial é muito ligado aos nossos valores, que aprendemos durante toda nossa vida, na escola, com nossos pais, com amigos e pessoas próximas. Isso influencia nosso conceito sobre qualquer coisa que pensarmos. Exemplo disso, quando a professora pediu para que eu escrevesse o que me vinha a cabeça sobre Portugal, a maioria eram esteriótipos que a maior parte dos brasileiros que não conhecem Portugal têm: Azulejos, bigode, bacalhau, Cristiano Ronaldo, entre outros.


Em outra aula falamos sobre cultura e choque cultural. A cultura faz referência aos hábitos, aos pressupostos, aos comportamentos, as interpretações, as tradições e muitos outros. Para tratar de cultura não podemos deixar de falar sobre a Metáfora do Iceberg. Esse metáfora diz que a parte visível de algo é muito pequena se comparada a parte não visível, como em um iceberg. Na cultura a parte visível do iceberg seriam os artefatos, ou seja, a moda, as instituições, a gastronomia, entre outros. Já a parte não visível são: a linguagem (verbal ou não verbal), as interpretações e significados, e as necessidades básicas universais humanas.

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